Na semana passada foi divulgado por alguns meios de comunicação um relatório de presença dos deputados, elaborado pela 3ª Secretaria da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A maioria dos meios de comunicação que divulgou o que chamou de “ranking dos faltosos”. No entanto, ao analisar o documento oficial da CLDF, o Câmara em Pauta diverge dos critérios utilizados para determinar a ordem dos mais e menos assíduos na CLDF.
Mais que isso, ao tabular os dados com base nas informações fornecidas pelo documento elaborado pela secretaria, percebemos ser impossível concluir quem faltou mais ou menos às sessões. Com exceção do deputado Washington Mesquita, cujas justificativas conferem com o número de licenças, o restante não dá base para afirmar quem faltou mais que quem às sessões.
Um bom exemplo para ilustrar nossa afirmação, é o caso de Benício Tavares (PMDB), que teve 27 ausências. Porém, ao avaliar a lista mais detidamente, pode-se perceber que o distrital, cassado recentemente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), justificou suas faltas apresentando licenças médicas, o que é bastante factível, devido aos problemas de saúde que o parlamentar tem e que são de conhecimento público. Foram apresentadas sete licenças, porém não dá para saber quantos dias constava em cada atestado médico apresentado. No outro extremo está o deputado Prof. Israel, que tem 04 faltas justificadas, segundo o relatório, mas tem ainda 09 licenças de acordo com o mesmo documento.
Eliana Pedrosa e Dr Michel também comprovam a afirmação da reportagem do Câmara em Pauta de que tal relatório não é parâmetro para um ranking de assiduidade dos distritais minimamente confiável. Eliana tem 18 faltas justificadas, mas nenhuma licença está explicada no campo destinado a isso. O contrário acontece a Dr. Michel, que não tem nenhuma falta justificada, mas consta no documento a observação de que ele apresentou 05 licenças para compromissos externos.
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