A Polícia Militar disse que eram 400, mas os vídeos divulgados por participantes do movimento “Desocupa Salvador” deixa dúvidas quanto a essas estatísticas. O protesto foi organizado via internet e aconteceu neste sábado (14), por volta das 19 horas, no bairro de Ondina na orla de Salvador na Bahia. A manifestação foi pacífica e com música, cartazes, poesia, dança performances de palhaços, os participantes protestaram contra a montagem do Camarote Salvador, da empresa Premium, na Praça de Ondina. Segundo os participantes, o movimento é um levante contra o que chamam de “privatização de espaços públicos na cidade”
No final de semana passado, antes mesmo de ir às ruas, o Desocupa Salvador foi motivo de polêmica. Uma decisão da juíza Lisbete Teixeira Cézar Santos, da 7ª Vara da Fazenda Pública de Salvador emitiu uma decisão, o interdito proibitório, contra o evento. Mesmo assim, artistas, intelectuais, jornalistas estudantes e até alguns políticos fizeram a manifestação de maneira pacífica, ocupando apenas uma das faixas de veículos em frente à praça onde o camarote está sendo montado.
Camarote Premium – o movimento não possui uma liderança, mas reúne pessoas que são contra a montagem do camarote da empresa Premium, que irá ocupar uma parte da praia, onde barraqueiros costumam trabalhar. Neste sábado, a Premium Produções emitiu uma nota neste sábado (14), negando ter tentado impedir o protesto.
Através da Assessoria de imprensa, o sócio da empresa Luiz Mendes, afirmou que a decisão da Justiça não seria impedimento para a manifestação pacífica, e sim para proteger os colaboradores envolvidos na montagem do camarote e evitar danos às instalações. “A interpretação dada à liminar concedida, em 13 de janeiro, pela 7ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, está sendo feita de modo equivocada” ele disse, ressaltando que a liminar alega risco ao patrimônio.
É proibido proibir – Para o vice-presidente da Associação Baiana de Imprensa (ABI), Ernesto Marques a proibição do ato consiste em tentativa de cerceamento à liberdade de expressão e ele quer levar a discussão para a diretoria da ABI. “A juíza não tem competência jurisdicional para decidir sobre matéria constitucional. E qual o risco que estas pessoas aqui representam? É um movimento pacífico, onde há, inclusive, crianças presentes”, disse Marques.
Para assistir ao vídeo da manifestação, clique aqui.
Com informações do Jornal A Tarde. Foto, movimento Desocupa.