Denúncias dão conta de que uma criança de cerca de oito anos, da tribo awá-guajá teria sido queimada viva por madeireiros na terra indígena Araribóia, no município maranhense de Arame (350 km de São Luís). O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) confirmou a informação nesta quinta (05).
De acordo com Gilderlan Rodrigues da Silva, um dos representantes do CIMI no Maranhão, um índio Guajajara filmou o corpo da criança carbonizado. Ainda de acordo com ele, a etnia Awá-Gwajá é isolada e os madeireiros invasores montaram acampamento na Aldeia Tatizal, onde a tribo estava instalada.
O CIMI ainda não teve acesso ao vídeo do crime, que teria ocorrido entre setembro e outubro do ano passado, mas a denúncia só veio à tona na semana passada (03/01) através do jornal maranhense Vias de Fato, que teria recebido um telefonema de um índio Guajajara denunciando o caso.
A Funai (Fundação Nacional do Índio) investiga o caso e segundo a Coordenação Regional de Imperatriz, uma equipe foi deslocada para a região onde teria ocorrido o crime, mas a entidade só deve se pronunciar oficialmente sobre o fato após as investigações estarem concluídas.
Com informações do jornal Vias de Fato. Foto, Pisco Del Gaiso.