Depois de bater o recorde com a greve mais longa da categoria no Brasil com 37 dias parados, os metroviários do Distrito Federal decidiram retornar aos trabalhos, em uma assembleia realizada na noite desta terça (17). A decisão de encerrar a paralisação acata a determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do DF que determinou o fim da greve, sob pena de multa diária de R$ 20 mil. A decisão foi tomada em audiência de dissídio coletivo.
Durante os dias de paralisação somente nove dos 24 trens do metrô estiveram funcionando e somente nos horários de pico, segundo informações do Sindicato dos Metroviários (Sindmetrô). Os funcionários devem retornar ás atividades ainda hoje (18) e deverão compensar os dias parados e não terão corte de ponto, conforme havia determinado o GDF. As negociações ainda continuarão com o fim da greve.
O entendimento do Tribunal é que a greve não seria abusiva, pois o governo descumpriu parte do acordo coletivo firmado em abril do ano passado. O retorno imediato se daria, pelo fato de que a paralisação do serviço traz prejuízo muito grande para a população.
A Corte determinou também que o GDF apresente proposta aos trabalhadores dentro de até 15 dias, a contar da publicação do acórdão, o que deve acontecer nesta semana e o governo informou em nota que vai aguardar a publicação do acórdão para tomar posição “sobre eventual recurso à instância superior”.
Reivindicações – O Sindmetrô reivindica equiparação em relação aos benefícios conquistados por servidores da Companhia de Saneamento do Distrito Federal (Caesb), Companhia Energética de Brasília (CEB) e de outras empresas do governo. Pedem também melhorias no sistema de trens, estações e manutenção.
Foto, reprodução TV Globo.