Ninguém esperava, mas a economia brasileira termina o ano com deflação. A desaceleração na segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de outubro para novembro foi calculada pela Fundação Getúlio Vargas e caiu de 0,50% para 0,40%, o que dá a cance de 2011 acabar com o índice na casa dos 6% diferente do ano passado, quando o indicador teve uma taxa maior desde 2004 e subiu 11,32%.
Tudo isso graças a uma piora no cenário econômico externo, com quedas e desacelerações nos preços de commodities, o que diminuiu a intensidade das taxas de inflação e até mesmo deflação em produtos no atacado.
Segundo a explicação de Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV, entre os itens que contribuíram para a taxa menor da segunda prévia estão as quedas em soja em grão (-1,45%); café (-0,15%); e trigo (-4,9%). “Não podemos nos esquecer também que o efeito do câmbio na inflação começa a desaparecer” disse, ao lembrar que o período do dólar em alta elevou indicadores inflacionários no fim de setembro e em outubro.
Quadros afirmou ainda que não há sinais de que possa ocorrer novo surto inflacionário, em horizontes de curto e médio prazo e que nos próximos meses os commodities com preços em queda puxam para baixo a inflação atacadista. Há uma boa perspectiva para que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2011 feche o ano dentro do intervalo da meta inflacionária, que é de até 6,5%.
O relatório completo pode ser acessado no Site Oficial da FGV.
Com informações da FGV e do Portal G1.