O novo alvo de denúncias é o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Na dança dos ministérios, será que Pimentel e Mário Negromonte – Ministro das Cidades que também é alvo de acusações de irregularidades – resistem até a reforma ministerial, ou um dos dois será o nono ministro a sair antes da mudança de praxe, após o primeiro ano de mandato?
No último sábado (03), o jornal O Globo publicou denúncias dando conta de que Pimentel teria recebido pelo menos R$ 2 milhões com a P-21 Consultoria e Projetos Ltda., sua empresa, entre 2009 e 2010, na fase de transição entre seu cargo de prefeito de Belo Horizonte e ministro do atual governo. A suspeita é de tráfico de influências.
De acordo com as acusações, os principais clientes de Pimentel foram a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e o grupo da construtora mineira Convap. A primeira pagou R$ 1 milhão por nove meses de consultoria de Pimentel, em 2009, e a segunda gastou R$ 514 mil, em 2010.
Dirigentes da Fiemg negam que Pimentel tenha realizado qualquer trabalho para a empresa. A Convap chegou a assinar com a prefeitura do sucessor de Pimentel, Márcio Lacerda, dois contratos que somam R$ 95,3 milhões. Já Pimentel argumenta que no período apontado por O Globo, ele não ocupava cargos públicos e afirmou por meio da Assessoria de Comunicação do Ministério, que em novembro de 2010, antes de assumir a pasta, a P-21 teria encerrado a prestação de serviços.
Dilma – No domingo (04), a presidenta Dilma Rousseff já pediu que Pimentel explique se houve tráfico de influência em licitações da prefeitura de Belo Horizonte e a não prestação de serviços pagos pela Fiemg.
No mesmo dia, o ministro respondeu que não havia ferido nenhum preceito ético e moral e que estava perplexo com tamanho espaço para um assunto privado e qie a tese de tráfico de influência “é mordaz”, até porque na época ele não tinha como saber que a presidente seria eleita, mesmo tendo participado da campanha.
Com informações do Portal Terra e jornal O Globo. Foto, Agência Brasil.