Emendas no Orçamento da União destinará volume recorde de recursos para UNB

Publicado em: 27/12/2011

O orçamento federal para 2012, aprovado nesta quinta-feira 22, trouxe boas notícias para a UnB. O volume de recursos destinados à universidade por meio de emendas parlamentares foi recorde: R$ 24 milhões, a maior parte destinada ao Hospital Universitário (HUB).

Emendas são pedidos de verbas federais a que cada deputado e senador têm direito a fazer, de acordo com sua escolha pessoal. Neste ano, foram feitas 11 emendas: uma da bancada do Distrito Federal, de R$ 19,6 milhões e outras dez, requisitadas pelos senadores Rodrigo Rollemberg (PSB), Cristovam Buarque (PDT) e pelos deputados Antônio Reguffe (PDT) e Erica Kokay (PT). “Eu entendo que a UnB é uma das instituições mais importantes do DF”, afirma o senador Rollemberg. “Neste orçamento, a bancada do DF resolveu priorizar a área de saúde, e como o HUB é um dos principais hospitais da cidade, até por causa de seu papel na formação de recursos humanos em saúde, não poderia ficar de fora”.

No total, o HUB vai receber R$ 21,1 milhões, sendo R$ 19,6 milhões da emenda de bancada, mais R$ 1 milhão do senador Cristovam e outros R$ 500 mil do deputado Reguffe. “Esses recursos serão investidos principalmente em infraestrutura, que não acompanhou a expansão dos serviços prestados”, afirma o diretor do hospital, Armando Raggio. Segundo ele, o principal objetivo agora é recurperar instalações envelhecidas, precárias ou que não estejam de acordo com a necessidade. “Por exemplo, vamos começar a fazer transplante de medula óssea, mas o nosso banco de sangue precisa ser ampliado para atender a essa especialidade. Algumas tubulações estão velhas e precisamos de mais um gerador de eletricidade. Nosso plano é, de certa forma, reconstruir o hospital para aumentar a segurança, as condições técnicas dos profissionais e conforto dos pacientes”.

Além da verba das emendas, o HUB vai receber mais R$ 10 milhões do Programa de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), para fazer a obra do pronto-socorro e as reformas da cozinha e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ainda assim, o montante de recursos não é suficiente para toda a demanda do hospital. “Fizemos um plano de reconstrução do HUB cujos custos chegam a R$ 67 milhões”, afirma o diretor.

Outro projeto que recebeu atenção especial no orçamento 2012 foi o Festival Latino-Americano e Africano de Arte de Cultura (FLAAC). A terceira edição do evento pretende trazer vários artistas e espetáculos internacionais para Brasília dentro das comemorações dos 50 anos da UnB. “Quando fui reitor da universidade, o FLAAC foi uma das coisas que me trouxe mais satisfação”, afirma o senador Cristovam Buarque. “Até hoje, as pessoas me dizem que começaram suas carreiras artísticas naquele festival ou que abriram seus olhos para a arte latinoamericana durante o evento”. Cristovam destinou três de suas emendas para o festival, totalizando R$ 900 mil.

Rollemberg também apresentou quatro emendas destinadas à UnB, privilegiando principalmente a área científica. Foram R$ 500 mil para a implantação de um pólo de ciência e tecnologia em saúde no DF, R$ 400 mil para a compra de equipamentos de laboratório, R$ 500 mil para a implantação de incubadoras de tecnologias e projetos sociais nos novos campi e mais R$ 500 mil para o Centro de Estudos do Cerrado, que está sendo construído na Chapada dos Veadeiros, no município de Alto Paraíso (GO). “Eu tenho uma ligação muito forte com o Cerrado e acho importante que os especialistas da UnB construam mais conhecimento sobre o bioma. Há uma imensa biodiversidade que precisa ser conhecida”, afirma o senador.

A deputada Erica Kokay também resolveu investir em pesquisa. Uma de suas emendas destinou R$ 100 mil para a compra de equipamentos novos para o Instituto de Física. A inclusão dessas emendas no orçamento federal não garantem que o dinheiro será repassado à UnB, uma vez que o governo é quem decide quando e como os recursos serão liberados. O assessor parlamentar da universidade, Júlio Araújo, acredita que a maior parte dos investimentos deve acontecer porque estão ligados à área da saúde, eleita pela presidente Dilma Rousseff como prioridade para o ano que vem.

 

Fonte UNB Agência-Leandro Echeverria

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