Democratas admite: pode ter candidato próprio em 2014

Publicado em: 27/12/2011

Para o Democratas (DEM), as eleições de 2014 já estão na pauta. A legenda admitiu já ter candidato próprio para as eleições federais que ainda serão realizadas a daqui a mais de 2 anos. A expectativa da direção do DEM é recuperar espaço nas eleições municipais de 2012 e se fortalecer para a disputa de 2014, incluindo a possibilidade de candidato próprio para a sucessão presidencial.

O partido enfrenta uma das maiores crises de sua história. Só em 2011 passou de 43 para 17 deputados federais; de seis para um representante no Senado; passou de dois para apenas um governador; sem contar prefeitos, vereadores e deputados estaduais.

O maior catalisador da crise do Democratas foi a perda de correligionários para o recém-criado Partido Social Democrático (PSD) do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que saiu do DEM e levou consigo um grande número de gente para fundar a nova sigla.

O presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN) criticou a nova legenda, mas disse que não considera o PSD “inimigo preferencial” já que trata-se de um partido “sem história”. “Eles para lá e nós pra cá. As figuras emblemáticas do partido ficaram todas. O partido perdeu aqueles que fizeram uma clara opção pelo seu interesse pessoal”, afirmou destacando que a perda de quadros foi numérica e não de qualidade.

Apoio ao PSDB – Maia não poupou críticas ao PSDB que na visão dele precisa se reencontrar e exemplificou as campanhas eleitorais, quando de acordo com ele, a sigla teria permitido que transformassem o processo de privatizações da gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em “uma coisa demonizada”. “Não acho que o PSDB esteja sem rumo, mas ele está precisando se reencontrar. Em um dado momento, o PSDB intimidou-se da necessidade de defender a modernidade frente à caridade defendida pelo PT. Esse foi um erro cometido”, declarou completando que a oposição “tem feito seu papel”, mas que não tem parlamentares o suficiente para a instalação de  Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI’s).

O dirigente do DEM afirmou estar “fora da ordem do dia” uma eventual fusão neste momento de seu partido com o PSDB e também nega que a oposição tenha errado no primeiro ano de gestão da presidente Dilma Rousseff no comando do Palácio do Planalto. “Um partido com a história do DEM não pode perder de vista a perspectiva de participar de eleições presidenciais. A nossa interlocução preferencial é com o PSDB, mas não é compulsória”, declarou.

As informações são da Agência Estado. Foto, Agência Senado.

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