Campanha do desarmamento prorrogada até o fim de 2012

Publicado em: 28/12/2011

O Ministério da Justiça anunciou ontem (27) que a Campanha Nacional do Desarmamento será prorrogada até o fim de 2012. A campanha, que iniciaria junho foi adiantada para maio, impulsionada pela da tragédia em da escola de Realengo, no Rio de Janeiro, que foi invadida por um atirador, que causou a morte de 12 crianças. De acordo com o ministério, desde o inicio até esta semana, a campanha recolheu 36.834 armas e 150.965 munições.

Pelas armas entregues, foram pagos R$ 3,5 milhões em indenizações. Para 2012, o orçamento anunciado foi de R$ 10 milhões. A campanha é uma parceria entre o Ministério da Justiça e o Banco do Brasil. Para cada arma ou munição entregue à campanha, são pagos R$ 100, R$ 200 ou R$ 300, dependendo do tipo de armamento.

O ministro interino da Justiça, Luiz Paulo Barreto avaliou como “bom” o número de armas recolhidas em 2011. Ele atribuiu o aumento na adesão ao anonimato garantido a quem entrega armas de grande porte. “É um bom número, principalmente considerando que 20% dessas armas são armas de grande porte. São aquelas armas que normalmente não eram devolvidas em campanhas anteriores de desarmamento”, disse.

Para 2012, a expectativa do Ministério é ampliar o alcance da campanha, aumentando o número de postos de entrega e a parceria com prefeituras. Foram entregues 18 mil revólveres, que são a maioria das armas recebidas. Cerca de 20% do total das armas recolhidas são de grande porte. A campanha recolheu 95 fuzis. O estado que registrou mais entregas nesta edição da campanha foi São Paulo, com quase 10 mil armas. O segundo foi o Rio Grande do Sul, com 4,6 mil armas.

Há 1.886 postos de recolhimento de armas e munições espalhados pelos 24 estados e Distrito Federal. Segundo o Ministério da Justiça, em 2008, a campanha retirou 500 mil armas de circulação e em 2004, foram entregues 570 mil armas.

Foto, Ministério da Justiça.

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