Foi-se o tempo em que o jogador de futebol Adriano, apelidado de “Imperador” pela habilidade com a bola, ocupava apenas a editoria esportiva dos noticiários. Este fim de semana, ele mais uma vez está nas páginas policiais. Desta vez, uma jovem foi baleada dentro do carro do jogador e ainda não se sabe quem disparou. Adriene Cyrilo Pinto, 20 anos, foi atingida por um tiro na mão esquerda, dentro do BMW de Adriano na manhã de sábado (24).
O atacante, que atualmente joga pelo Corinthians, saía da boate Barra Music em companhia de quatro amigas, além do segurança particular, o tenente reformado da Polícia Militar, Júlio César Barros de Oliveira, de 52 anos, que é o dono da pistola calibre 40 e que dirigia o carro. Segundo a PM, mesmo estando na reserva, o porte de arma dele é legal.
Adriene foi levada para o Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, onde ainda está internada, para evitar infecção até que seja feita uma a cirurgia de reconstrução da mão esquerda, programada para esta terça (27).
‘Tiro não faz curva’ – A princípio, a moça disse que o tiro teria sido desferido pelo jogador, mas de forma acidental. Adriano negou e disse que ele estava no banco da frente e a moça estava no banco de trás. “Tiro não faz curva”, disse o atacante.
A versão foi confirmada por Adriana Ximenes e Daniele Pena, que também estavam no carro. Elas disseram ainda que a arma estava com a própria Adriene quando houve o disparo. A quarta ocupante do veículo, Viviane Faria de Fraga, disse que não viu quem disparou.
Investigações – No domingo (25), o delegado da 16ª Delegacia da Barra da Tijuca (16ª DP) Fernando Reis, afirmou que o tiro partiu de alguém que estaria no banco de trás do carro do jogador e que a conclusão dos peritos junto com o delegado adjunto, Carlos César exclui a possibilidade de o tiro ter partido de outra parte do carro.
Ainda de acordo com o delegado, as quatro testemunhas do incidente na madrugada de sábado (24) afirmaram que Adriano estava no banco da frente e apenas Adriene declarou que o atacante estaria próximo a ela, uma uma amiga da jovem a teria desmentido.
Adriano deverá depor na tarde desta segunda (26) na 16ª DP e a expectativa do delegado Reis é de que Adriene faça parte de uma acareação na quarta-feira (28). No hospital, peritos recolheram amostras nas mãos de Adriano e de Adriene para saber se há vestígios de pólvora. O resultado deve sair em oito dias.
Confusões – Não é a primeira polêmica que Adriano protagoniza. Em abril de 2009 quando atuava na Inter de Milão, ele aproveitou uma viagem ao Brasil para jogar pela Seleção e sumiu durante três dias e até sua morte foi cogitada, mas ele alegou problemas particulares, e que teria buscado apoio de amigos de infância na Vila Cruzeiro e na Chatuba, favelas do Rio. Chegou a anunciar que iria parar de jogar por tempo indeterminado, mas depois acertou com o Flamengo.
Adriano também foi acusado de agredir a então namorada Joana Machado, que o encontrou em um baile funk em uma favela do Rio de Janeiro, acompanhado dos jogadores Vagner Love, o goleiro Bruno e Alvaro. Alterada e aos gritos, Joana quebrou os para-brisas dos carros de Alvaro e Love. Adriano tentou intervir, foi agredido pela modelo e revidou. Ele foi acusado ainda de amarrar a moça a uma árvore.
Já em fevereiro deste ano, o jogador tirou “férias prolongadas” por conta própria, atransando a reapresentar ao clube italiano Roma. Ao ser parado em uma blitz da Lei Seca, recusou-se a fazer o teste do bafômetro e teve a carteira apreendida por cinco dias.
Não se pode esquecer de uma polêmica foto que ele tirou com um amigo, ambos empunhando um fuzil. Na época, ele foi investigado por supostas transações financeiras com pessoas da quadrilha de Fabiano Atanásio da Silva, o FB, chefe do tráfico da Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Ele aparece em duas fotos: além da pose de atirador, ele mostra com as mãos o sinal de uma facção criminosa. Qual será a próxima?
Com informações do R7 e Band.