Após o depoimento prestado na 16ª Delegacia de Polícia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, o atacante do Corínthians, Adriano Imperador deu entrevista coletiva e disse que não irá pagar a conta do hospital, pois estaria magoado com Adriene Cyrillo Pinto e acha que ela está agindo de má fé. A estudante foi atingida por um disparo acidental na mão esquerda no último sábado (24), saindo de uma boate carioca no BMW do jogador. Adriano nega ter dado o tiro e atribuiu o incidente à curiosidade de Adriene, que estava manuseando a pistola calibre .40, dentro do carro do atacante, na madrugada de sábado.
No carro, estavam ainda o tenente reformado da PM e segurança de Adriano, Júlio César Barros que é o dono da arma e tem porte, as amigas do jogador Andréa Ximenes e Daniele Penna e uma amiga de Adriene, Viviane Faria de Fraga. Todos contradizem a versão da moça e asseguram que Adriano estava no banco do carona.
Segundo nota divulgada na segunda (26) pela Polícia Civil, todas as pessoas que estavam no carro do jogador já deram depoimento. Foram ouvidos ainda uma pessoa que estava em um veículo atrás do carro de Adriano e dois policiais militares. Todas as testemunhas afirmam que a própria vítima se feriu brincando com a arma. Somente ela diz que Adriano atirou e a amiga, Viviane diz não ter visto quem disparou.
O delegado titular da 16ª DP, Fernando Reis, anunciou ontem à imprensa que promoverá uma acareação entre o jogador do Corinthians, e a moça baleada, assim que ela receber alta do hospital, porque os depoimentos são contraditórios: o atleta alega que estava sentado no banco do carona e a estudante de 20 anos é a única a dizer que Adriano estava na parte traseira do veículo e que o atleta foi o autor do disparo, que teria sido acidental. Segundo ele, Adriene admitiu ter manuseado a arma, mas afirma que a pistola estava com Adriano quando disparou.
A perícia feita no BMW modelo 550i blindado do jogador constatou que o tiro partiu obrigatoriamente no banco traseiro do veículo. Uma perícia em busca de resíduos de pólvora foi feita na mão de Adriano e de Adriene e deve indicar quem deu o tiro. A bala que atingiu a mulher também foi recolhida para analisar a direção de origem do tiro.
Polêmica – Como já é de costume, a polêmica envolvendo Adriano ganhou as páginas de jornais internacionais. Na Itália onde o jogador recebeu o apelido de Imperador e jogou no Inter de Milão, Roma, Fiorentina e Parma, os jornais La Gazzeta Dello Sport e o Corriere dello Sport publicaram a história. A história envolvendo o atacante também notícia no periódico argentino Olé e no espanhol Marca.
Foto, Agência Futebol Interior.