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Igor Grabois : GUERRA CIVIL ENTRE AS QUADRILHAS DO GOVERNO

Publicado em: 03/03/2021

Por Igor Grabois no Facebook: Há duas quadrilhas disputando os escombros do Estado Brasileiro. Uma é comandada por Bozo e seus filhos, tendo como operador o 01 Flávio. A outra pelo sinistro da economia Paulo Guedes e seus sócios, no sentido de Junta Comercial do termo.

A quadrilha do Bozo é uma extensão da milícia do Rio de Janeiro que se nacionalizou. Seu escopo de negócios é a grilagem na Amazônia e no Cerrado, o garimpo ilegal, desmatamento e exploração de madeira, jogo e contrabando de armas. Dela fazem parte policiais, milicianos, militares – suspeitas gravíssimas sobre os generais palacianos -, vendilhões religiosos e a fração mais barra pesada do agronegócio, tipo esse Nahban da secretaria fundiária.
Já o bando de Guedes ganha na manipulação dos mercados acionário e cambial, na queima dos ativos da Petrobras, na venda das carteiras de crédito e de títulos dos bancos públicos, em jogadas no setor elétrico. Globo, Folha de São Paulo e os farialimers apoiam Paulo Guedes, pois em cada tacada do old Chicago boy, eles ganham também.
O pessoal ligado ao Bozo tem uma aparência mais tosca. Mas só a aparência. A baboseira de escola austríaca, Friedman, modelos matemáticos mandrake só enganam os incautos. Tudo pra justificar, com má teoria econômica, a roubalheira.
As duas quadrilhas conviviam relativamente bem no governo. Guedes e Bozo até parecem ter sociedade nos tais “resorts integrados”, da reunião fatídica de 22 de abril do ano passado. Cada um no seu quadrado. Porém, Bozo e os generais de pijama resolveram se meter no setor petróleo, deslocando Guedes da Petrobras. O coronel Fregapani, colunista do Defesanet, vem batendo na política petrolífera de Guedes desde o início desse desgoverno e aprovado integralmente as demais políticas do desgoverno, refletindo a posição do Exército. Por que só Guedes e seus asseclas ganham nesse grande negócio do petróleo, se perguntam Bozo e seus generais de pijama?
Os negócios do petróleo entraram no radar da milícia. Bozo acusou o PCC de ter postos de gasolina em São Paulo, responsabilizando a máfia paulista pelo aumento dos combustíveis. E, hoje, 2 de março, o G1 noticia que a polícia civil do Rio desbaratou uma quadrilha de roubo de petróleo operada por um capitão da PM. Roubar petróleo não é como roubar carros, por exemplo. O Estado islâmico vendia petróleo roubado do Iraque, utilizando uma sofisticada logística, fornecida pelos serviços de informações estadunidenses. Só ligar os pontos…
Bozo anunciou aumento dos impostos dos bancos e demais instituições financeiras. Marcou um pronunciamento em rede nacional. Voltou atrás, depois de uma visita do Guedes. Parte da guerra de nervos, em que o capitão miliciano e o pirata financeiro são mestres.
Essas quadrilhas não têm ideologia, não têm princípios, e muito menos compromisso com o país e seu povo. São duas partes de um mesmo projeto, por isso não tem essa de mais liberal ou menos liberal, ou menos fascista ou mais fascista. Precisamos varrer ambas da vida nacional.

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