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Ibaneis não cumpre promessas de campanha e distritais criticam

Publicado em: 09/08/2019

O deputado Reginaldo Veras (PDT) puxou o assunto e fez um paralelo entre as promessas da campanha eleitoral e os primeiros meses do governador Ibaneis Rocha à frente do Palácio do Buriti. Suas criticas geraram um debate sobre as mudanças de rumo dos governantes, ontem (8) na sessão ordinária da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Veras revelou que arquivou todas os pronunciamentos e entrevistas do então candidato Ibaneis, pois “previa o descumprimento de diversas promessas”. Desse modo, o deputado criticou a proposta anunciada de privatizar a CEB, a Caesb e o Metrô e lembrou que, no período eleitoral, o atual governador havia dito que “valorizaria os servidores da companhia energética e contava com eles para recuperar a empresa”. Para o distrital, “não se pode adotar um discurso e depois agir de outro modo. É por isso que o eleitor não tem confiança nos políticos”, analisou, adiantando que se posicionará contra as privatizações, seguindo a linha histórica do seu partido.

Na mesma direção, Leandro Grass (Rede) tratou da conduta do governo, no qual percebe “um show de incoerências, mentiras e contos de fadas, na publicidade”. Na avaliação dele, voltar atrás nas promessas caracteriza o que denomina estelionato eleitoral. “Se, na campanha, o candidato faz compromissos, mas, ao começar a governar, faz o contrário, está enganando a população. Atitude que contribui para desacreditar todos da política”, afirmou.

O contraponto foi feito pelo deputado Agaciel Maia (PR). “Os candidatos, de um modo geral, durante a campanha, tratam do que seja ideal. Mas, quando assumem os cargos e se deparam com uma série de dificuldades, como as limitações orçamentárias e financeiras, passam a conviver com a verdadeira realidade”, ponderou. O parlamentar salientou não conhecer político de qualquer partido que tenha colocado em prática tudo o que sugeriu na campanha. Declarando não possuir “procuração para defender o governador”, argumentou que há inúmeras situações que levam à mudança, como os problemas de caixa e questões corporativas, por exemplo.

Leandro Grass concordou em parte com a análise de Agaciel. “Muitas vezes, temos uma visão e acabamos aprendendo com o dia a dia”, declarou. Contudo, avaliou ser necessário tomar mais cuidado na construção das propostas de campanha e sugeriu que os candidatos apresentem o que realmente podem cumprir. “Há inúmeros dados disponíveis, por isso os planos de governos não podem ser letra morta”, acrescentou.

O deputado Hermeto (MDB) corroborou com a argumentação de Agaciel Maia sobre a passagem da campanha para o trabalho à frente do governo. O distrital também enumerou dificuldades e contou a sua própria experiência. Para ele, o desemprego é o principal problema que precisa ser fortemente atacado.

Após ouvir os colegas, Reginaldo Veras, que trouxe o tema ao debate, ratificou a necessidade de “não prometer o que não se pode cumprir”. O governante eleito que age dessa maneira, segundo o deputado, mostra incoerência. “Temos de ter responsabilidade. Caso contrário a população acaba se desencantando”, concluiu.

 

Com informações da CLDF

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