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Mais um caso de assédio de brasileiros na Copa; desta vez com uma jornalista russa

Publicado em: 21/06/2018

Você deve ter visto ou ouvido falar de um vídeo gravado por torcedores brasileiros ao lado de mulher russa durante a Copa do Mundo 2018 , que tem dado o que falar nas redes sociais. Nele, o grupo de homens vestidos com a camisa da seleção brasileira entoam uma frase relacionada ao órgão sexual feminino e incitam a moça (que obviamente não entende nada do que dizem) a “cantar junto”, mesmo que ela não soubesse o significado das palavras. Pouco tempo depois de ‘cair’ nas redes, as imagens claras despertaram a reflexão necessária sobre assédio na Copa.

Apesar de o ato ter sido  majoritariamente condenado no Brasil, inclusive por autoridades e artistas, alguns torcedores não se intimidaram e continuaram praticando  assédio na Copa  do Mundo. Dessa vez, a jornalista russa Barbara Gerneza, correspondente do IG Esporte, que produzia reportagem, foi alvo de um grupo de 14 torcedores, a maioria vestindo a camisa ‘canarinho’.

Segundo relatou à reportagem do iG , ela tentava gravar entrevistas com brasileiros quando foi surpreendida pelo grupo. Além de cantar música pejorativa para ela, um deles tentou beijá-la.

Fonte: Esporte – iG 

Barbara Gerneza, jornalista russa, fala sobre assédio de torcedores brasileiros

Os casos de assédio na Copa do Mundo por parte de torcedores brasileiros só aumentam. O primeiro vídeo que viralizou foi o de um grupo de ao menos quatro homens, todos vestidos com a camisa do Brasil, que entoavam uma frase relacionada ao órgão sexual de uma russa e instigava ela a repetir o que diziam. Outro que deu o que falar foi a imagem de três homens pedindo para três russas repetirem a frase “eu quero dar a ******”. Infelizmente, Barbara Gerneza, jornalista russa e correspondente do Portal iG na Copa do Mundo de 2018 também sofreu algo parecido.

Quando chegou em casa, Barbara foi assistir aos vídeos que havia feito no dia e percebeu o que realmente havia acontecido, ficando prontamente assustada. Em vídeo, ela conta um pouco mais sobre o que aconteceu.

Barbara, ou Varvara, como é chamada na Rússia, entende e fala bem português, mas não é fluente. Antes da Copa do Mundo, ela passou cinco meses em São Paulo, onde se aperfeiçoou na língua portuguesa. Mesmo assim, não entendeu muito bem o que estava acontecendo na hora, mesmo conhecendo a cultura brasileira e já tido contato com o povo daqui. “Essa situação não deveria acontecer com ninguém”, opina ela.

O que pode acontecer com torcedores brasileiros que praticarem assédio na Rússia?

Alguns torcedores brasileiros envolvidos nos vídeos de assédio na Copa já sofreram as consequências. Felipe Wilson foi demitido da companhia aéra Latam, onde era funcionário. Diego Jatobá, advogado, será investigado pela OAB. O tenente Eduardo Nunes, da Polícia Militar de Santa Catarina, terá um processo administrativo disciplinar aberto em seu nome.

Além disso, um grupo de ativistas russos abriu uma petição online, no site Change.org, pedindo para que o gorverno russo processasse e punisse os torcedores envolvidos com assédio. A descrição do pedido no site diz: “acreditamos que os cidadãos estrangeiros presentes no vídeo devem se desculpar publicamente tanto para a mulher quanto a todos os cidadãos russos por machismo, desrespeito às leis da Federação Russa, desrespeito aos cidadãos russos, insultos e humilhação da honra e dignidade de um grupo”.

Independente do fato lamentável com Barbara Gerneza , os torcedores brasileiros podem responder às autoridades russas e ficarem sujeitos a banimento dos estádios, cobrança de multa ou até mesmo prisão. Para que a justiça brasileira possa atuar de alguma forma, é preciso que haja denúncia formalizada na embaixada do país na Rússia.

 

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