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Em golpe no PSDB, Aécio afasta Tasso e indica Goldman para presidência do partido

Publicado em: 10/11/2017

Aécio Neves está se transformando em um golpista de carteirinha. Afastado da presidência do PSDB desde maio deste ano, quando foi acusado de pedir R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS, em troca de favores, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) reassumiu o cargo hoje (9). Em seguida, o mestre dos golpes indicou o vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman, para assumir interinamente a presidência da legenda.

O fato ocorre um dia após o presidente interino da legenda, senador Tasso Jereissati (PSDB/CE), anunciar oficialmente a candidatura dele à presidência do partido. O PSDB é a terceira maior bancada do Senado, com 11 senadores, e a terceira maior da Câmara, com 46 deputados.

Em um comunicado enviado a Jereissati, Aécio afirmou que retomaria o posto para “garantir a desejável isonomia entre os postulantes” na disputa pela presidência do PSDB. No documento, o senador mineiro informou ainda que Goldman, o mais antigo vice-presidente tucano irá conduzir o processo eleitoral, marcado para o dia 9 de dezembro, quando ocorrerá a convenção nacional do partido.

Ainda no comunicado, Aécio faz um agradecimento a Jereissati por ter aceitado assumir o partido interinamente. “Aproveito a oportunidade para agradecer-lhe por ter aceito minha indicação e assumido a presidência interina do PSDB nos últimos meses”, Por diversas vezes no período a frente dos tucanos, Tasso Jereissati cobrou publicamente que Aécio renunciasse o comando do partido, o que não ocorreu.

Além de Jeressati, também está na disputa pela presidência do PSDB o governador de Goiás, Marconi Perillo.

Pouco depois de informado do afastamento, Tasso Jereissati criticou Aécio e o acusou de colocar questões pessoais acima do partido. Segundo Jereissati, Aécio o procurou para pedir que deixasse a presidência interina. Em resposta, o senador cearense disse para que Aécio o destituísse para que ficasse clara a diferença entre os dois.

“Temos hoje diferenças profundas, muito profundas e acho justo que ele, tendo essas diferenças profundas, não me queira como candidato”, disse Jeressati a jornalistas.  Já Marconi Perillo, que tem o apoio de Aécio na disputa à presidência do partido, divulgou nota elogiando a decisão tomada por Aécio.

“Seria antiético e nem um pouco isonômico o processo se essa decisão não fosse adotada, já que a máquina partidária poderia pender para o lado de quem estivesse no comando do partido. O ex-governador Alberto Goldman é um líder com história e biografia respeitáveis no partido e na vida pública, e, portanto merecedor de todo o nosso respeito”, disse Perillo em nota.

 

 

Com informações do Justiça em Foco

 

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