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Protesto hoje contra a repressão da PM a jovens que tocavam violão na 410

Publicado em: 26/12/2015

Em reação contra a repressão da Polícia Militar na noite da última quarta-feira (23/12), artistas e moradores do DF organizaram protesto em solidariedade a jovens que foram levados à delegacia por estarem tocando violão e instrumentos de percussão na 410 Norte. Organizadores marcaram um ato cultural para às 16h da tarde deste sábado (26/12) na praça da mesma quadra. Até às 12h deste sábado 1,4 mil pessoas tinham confirmado presença no evento.
O grupo afirma que houve abuso de poder dos militares. Eles denunciam a atitude da polícia em usar spray de pimenta e violência para dispersar os jovens. Insatisfeitos com a ação, ativistas prometem levar cartazes e faixas em apoio a manifestação artística na tarde deste sábado (26/12). Durante o evento, eles farão apresentações culturais, mas garantem que não haverá aparelhos eletrônicos nem amplificadores de som.
Uma das organizadoras do evento, Sheylane Brandão, 37 anos, reforçou que o ato é contra a ação da Polícia Militar que não encontrou drogas e nenhum entorpecente com o grupo, mas mesmo assim exigiram que os jovens saíssem do local. “A denúncia foi feita por um morador por tráfico de drogas, mas a polícia não encontrou nada com os meninos. Eles tocam violão e instrumentos. Muitos moram ali. Quando a polícia resolveu levar todos para a delegacia os ânimos se exaltaram. Eles colocaram os meninos no camburão, o que representa um completo desconhecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Os policiais chegaram a sacar arma de choque e lançaram spray de pimenta. Está tudo filmado”, revelou.
Segundo ela, o caso não é um fato isolado. “Como disse uma das meninas, o nosso propósito é devolver com arte o que eles fizeram com violência. Vai ser um ato cultural, pacífico, de ocupação do espaço público e expressão artística. Queremos mostrar que apoiamos a arte e somos contra a repressão da polícia que está muito grande. Esse não é um caso isolado”, lamentou.
Por outro lado, moradores reclamam do barulho causado na quadra. Na quinta-feira (24/12) a vice-prefeita da quadra, Antonia Ximenes, contou que já registrou queixa na Administração Regional para resolver a situação.
Apoiadores da manifestação artística livre contestam os atuais limites da Lei do Silêncio e reivindicam alteração. A Lei nº 4.092/2008, válida desde 2012, determina que o volume provocado por atividades em área mista com vocação comercial seja de, no máximo, 65 decibéis em ambientes externos durante o dia e de 55 dB durante a noite.
Um Projeto de Lei (nº 445/2015) de autoria do deputado Ricardo Vale (PT) Projeto de Lei nº 445/2015 propõe que os limites sejam de 75dB no período diurno e 70dB no noturno.
Com informações do Correio Braziliense
Reprodução/Facebook
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