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O bandido que o Brasil precisa: calado!!

Publicado em: 23/05/2012

O contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira esteve nesta terça (22) no Congresso Nacional, para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da qual é o pivô, mas só não entrou mudo e saiu calado, porque repetia como papagaio “não falarei nada aqui”, se reservando o direito de não produzir provas contra si mesmo.

A CPMI tem o objetivo de apurar o elo entre o bicheiro, parlamentares e entidades públicas e empresas privadas e o comportamento do acusado era esperado e vinha sendo divulgado pela defesa de Cachoeira, de acordo com o advogado, Márcio Thomaz Bastos.

“Boa tarde para os senhores e senhoras. Estou aqui como manda a lei. Fui advertido pelos meus advogados para não dizer nada. Eu não vou falar nada aqui. Somente depois da audiência que vamos ter no juiz, se porventura achar que eu deva contribuir, pode chamar que eu virei para falar. Tenho muito a dizer depois da audiência”, disse na chegada.

Sem resposta – O primeiro a falar foi o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Já o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), diante do silêncio de Cachoeira, se exaltou: "aqui não tem um monte de palhaços". Depois, o deputado Filipe de Almeida Pereira (PSC-RJ), questionou se Cachoeira cogitava a delação premiada.

Já o deputado Rubens Bueno (PPS-PR) disse: “parodiando o que aconteceu aqui esta semana, nós não somos teu”, em referência à mensagem de celular enviada do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) ao governador do Rio, Sérgio Cabral, flagrada pela câmera do SBT.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) se absteve de fazer perguntas diante da postura de Cachoeira em não se pronunciar, e partiu para o ataque, classificando o contraventor de "marginal que sai da Papuda e mantém-se com a arrogância dos livres".

Já o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) perguntou sobre as relações de Cachoeira com a empreiteira Delta e questionou o contraventor a respeito de sua relação "muito próxima" com sua ex-mulher, citando uma série de grandes depósitos para ela e perguntando se as transferências de dinheiro eram uma "gentileza de ex-marido".

A senadora Kátia Abreu (PSD-GO) propôs o encerramento da sessão de depoimento, afirmando que ela se tornava "ridícula", já que os parlamentares estariam perguntando para uma “múmia” e que todos estariam fazendo "papel de bobo para um chefe de quadrilha com cara cínica".

O deputado Sílvio Costa (PTB-PE) apoiou e criticou a CPMI por ter chamado Cachoeira e não o "baixo clero" da organização criminosa, tornando a audiência um “espetáculo ridículo e penoso, embora constitucional”.

Por fim, o deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ) discordou dos colegas que afirmaram a inutilidade da sessão e afirmou que o silêncio cínico e desrespeitoso de Cachoeira seria uma “confissão de culpa”.

Com informações do JB.

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