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CPMI tomará depoimentos de delegados e procuradores a portas fechadas

Publicado em: 08/05/2012

Integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura o envolvimento de políticos e empresários com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira decidiram nesta terça (08) que os depoimentos de delegados da Polícia Federal e procuradores da República serão fechados, para evitar que os investigados saibam o que os depoentes disseram.

A decisão pelo depoimento fechado foi um requerimento de autoria do deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF) e da senadora Kátia Abreu (PSD-TO), que pedia a sessão secreta para delegados e procuradores da República que ainda serão ouvidos. A proposta foi aprovada por 17 votos favoráveis e 11 contrários. “A sugestão é para que aqueles que estão sendo investigados não se municiem das perguntas que vão nos basear nos próximos depoimentos”, disse Kátia.

Na tarde desta terça, foi ouvido a portas fechadas o primeiro depoente da CPMI, o delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques Sousa, responsável pela Operação Vegas. A Operação Vegas, conduzida por ele, foi a precursora da Operação Monte Carlo, que resultou na prisão de Cachoeira.

Nesta quinta (10), deve depor o delegado da Polícia Federal Matheus Mella Rodrigues, responsável pela Operação Monte Carlo e os procuradores da República Daniel Rezende Salgado e Lea Batista de Oliveira, responsáveis pela investigação da Operação Monte Carlo. Pelo requerimento aprovado, todos os depoimentos serão fechados.

BBBedel – Quem esperava que a CPMI do Cachoeira fosse ser uma espécie de BBB político, como afirmou a senadora Ana Amélia (PP-RS) (+aqui), se enganou. Mesmo após o vazamento de parte do inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) (+aqui), venceu o senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL), que informou que atuaria como um bedel, para evitar vazamentos de informações sigilosas, como há 20 anos atrás, em seu processo de impeachment (+aqui).

O pedido do sigilo nos depoimentos de delegados e procuradores foi criticado por alguns dos parlamentares, como o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), que defendeu a abertura dos depoimentos e disse: "Quero lhe comunicar que tudo que aqui for falado vai vazar", disse Teixeira.

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