O escândalo conhecido como Caixa de Pandora completou dois anos no último domingo(27). Em 27 de novembro de 2010 veio a público o suposto esquema de corrupção do Distrito Federal, conhecido como mensalão do DEM, mas até agora, o inquérito principal do caso ainda não foi concluído. Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), a denúncia só deve ser apresentada ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) no primeiro semestre do ano que vem.
A suprocuradora da República Raquel Dodge afirma estar encontrando dificuldades em reunir provas que facilitem a abertura de processo pela Justiça. Segundo ela, alguns contratos do GDF, por exemplo, só chegaram à Justiça em outubro deste ano e cerca de 20 pessoas devem ser denunciadas pela PGR por crimes como formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e fraude em documentos.
O inquérito já tem 70 mil páginas, segundo Raquel. Até o momento, os únicos acusados de envolvimento no suposto esquema que viraram réus em ações penais foram Leonardo Bandarra, ex-procurador- geral do Ministério Público e a promotora Deborah Guerner. Bandarra responde a três ações no Tribunal Regional Federal e Guerner responde a duas ações. Ambos são acusados de crimes como formação de quadrilha, quebra do sigilo funcional e extorsão, foram afastados dos cargos pelo Conselho Nacional do Ministério Público e estão sem salário.
Até agora, o Ministério Público só apresentou as denúncias de falsificação de notas fiscais de compra de panetones para que o ex-governador do DF José Roberto Arruda justificasse o recebimento de dinheiro por suposta tentativa de compra de testemunha, mas o STJ ainda não decidiu se abre processos.
