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Distrital quer a criação de um plano diretor específico para o Lago Paranoá

Publicado em: 23/09/2011

Após a realização de uma audiência pública sobre o assoreamento do Lago Paranoá, a Câmara Legislativa começa a cobrar medidas para tentar reverter o atual quadro considerado preocupante por ambientalistas do Distrito Federal. A deputada distrital Liliane Roriz (PRTB) apresentou indicação para exigir do governo do Distrito Federal a criação de um Plano Diretor do Lago Paranoá.

O Plano Diretor é um instrumento de preservação dos bens ou áreas de referência urbana, previsto constitucionalmente e também no Estatuto da Cidade. Ele pode ser servir para orientar a atuação do poder público nas questões do Lago Paranoá, principalmente na busca de soluções que minimizem os problemas e impactos ambientais nas bacias hidrográficas do Distrito Federal. “Não é apenas por ser um cartão-postal de Brasília. A preocupação com o Paranoá é para garantir a manutenção da qualidade de vida de nossa cidade”, justificou a distrital.

O assoreamento do lago tem sido tema de debates entre estudiosos, gestores públicos e ambientais que atuam no Distrito Federal. Entre eles, há o consenso de que a falta de fiscalização e de políticas públicas de estímulo à responsabilidade ambiental resultaram no cenário que é temido hoje no Distrito Federal. “O governo precisa atuar de forma mais enérgica para reverter esse quadro, que é muito preocupante. Não dá mais para adiar esse debate. O lago precisa viver”, reforça Liliane Roriz.

De acordo com recentes estudos apresentados pela Universidade de Brasília e pela Agência Reguladora de Águas (Adasa), o avanço do assoreamento é causado por vários fatores, como o processo de urbanização acelerado e desordenado em áreas próximas aos rios e ribeirões que alimentam o Lago Paranoá. Pesquisadores encontram problemas principalmente nas sub-bacias hidrográficas do Riacho Fundo e do Ribeirão Bananal, que abrangem as regiões de Águas Claras, Vicente Pires, Arniqueiras, Mansões Park Way, Cidade do Automóvel, Noroeste e Varjão, todas com uma grande quantidade de construções.

Para se ter ideia, em alguns pontos residenciais do Lago Sul, como na QL 02, QL 04 e QL 06, já dá para perceber com nitidez a redução do volume de água devido ao assoreamento. De acordo com o Instituto Brasília Ambiental, a estimativa é de que o Lago Paranoá tenha perdido, desde a inauguração de Brasília, uma área de aproximadamente 230 campos de futebol.

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